A luta das mulheres vem transformando um cenário que é predominantemente masculino. A partir da atuação visionária de grandes lideranças, o empreendedorismo feminino vem transformando a maneira como se faz negócio no Brasil e no mundo.
Em 2021, por exemplo, foram 10,1 milhões de brasileiras na liderança de negócios, segundo pesquisa do Sebrae.
O cenário de crise, porém, trouxe dificuldades para as empreendedoras. No mesmo ano, a participação delas em empreendimentos ficou abaixo da marca história, registrada em 2019, com redução de 34,9% para 34%.
As crises não são as únicas barreiras enfrentadas no empreendedorismo feminino. Continue a leitura para saber mais sobre os desafios e as vantagens da atuação das mulheres no comando de empresas.
Qual o cenário do empreendedorismo feminino no Brasil?
É inegável que, atualmente, as conversas sobre empoderamento feminino no mundo corporativo são mais frequentes. Porém, os dados nem sempre são favoráveis. Segundo levantamento realizado pela Associação Brasileira de Startups em 2021, somente 16,9% dos fundadores de startups eram mulheres.
Apesar dos homens representarem a maior parcela de fundadores de novos negócios, são as mulheres quem têm maior escolaridade.
Ainda de acordo com dados do Sebrae, 54% dos homens empreendedores tinham pelo menos o ensino médio em 2021. Já entre as mulheres, o percentual era de 68%.
A discrepância não é apenas entre os gêneros, mas também entre as cores de pele. As mulheres negras têm menos participação do que as brancas na liderança de empresas.
Em 2019, 50,3% das empreendedoras eram negras, número que caiu para 48,5% dois anos depois. O percentual de brancas donas de negócios, por outro lado, subiu de 48,4% para 49,9%.
O motivo pelo qual as mulheres optam por empreender também chama atenção. Conforme relatório da Global Entrepreneurship Monitor de 2020, 55% das mulheres brasileiras fundaram seus negócios por necessidade de obter mais renda.
Segmentos de atuação
A pesquisa do Sebrae também mostrou os principais setores em que as empreendedoras atuam: 50% trabalham com serviços e 21% com o setor de construção. Além disso, houve crescimento da participação feminina em setores como informação e comunicação, bem como educação e saúde.
Aliás, a primeira femtech do mundo é de saúde: a Clue, um app de rastreamento de mestruação e fertilidade criado pela empresária dinamarquesa Ida Tin.
Femtech é a categoria de negócios que usam a tecnologia para solucionar necessidades femininas. Esse ramo envolve softwares, apps, produtos e serviços voltados para mulheres.
Barreiras enfrentadas por mulheres empreeendedoras
Em uma palestra, Luiza Helena Trajano, empresária que lidera o Magazine Luiza, opinou que “as mulheres capazes de comandar são pérolas que precisam de atenção”.
“Muitas vezes, a pessoa não progride porque é arrimo de família e luta com muitas dificuldades”, disse. Conheça algumas das barreiras enfrentadas por mulheres empreendedoras:
Falta de confiança
Apesar das empreendedoras contarem com maior escolaridade em relação aos homens, nem sempre o conhecimento é acompanhado de confiança no sucesso do negócio.
Devido a estereótipos de gênero, as empresárias podem se sentir desmotivadas. Isso porque costumam lidar com intimidação e descrédito em relação às suas potencialidades. Logo, precisam de desenvolver resiliência para enfrentar esses obstáculos.
Mulheres são ensinadas a evitar o risco
Um estudo revelou que a maioria das mulheres que investem possuem um perfil conservador. Ou seja, estão menos dispostas a arriscar quando o assunto é dinheiro.
No meio empresarial, isso significa que elas não buscam investimentos de peso ou abrem apenas micronegócios, notoriamente mais seguros e com baixo capital envolvido.
Negócios 100% liderados por homens
Ainda conforme a Associação Brasileira de Startups, as equipes em startups possuem baixa equidade de gênero. Apenas 20,8% das empresas analisadas têm entre 26% a 49% mulheres nos seus times.
Estar inserida em um cenário liderado majoritariamente por homens pode ser bastante desafiador, especialmente para empreendedoras de primeira viagem. Nesse sentido, mulheres podem passar por experiências com o machismo, preconceito e estigmatização.
Mulheres no comando dão mais lucro
Mas qual será a contribuição singular que as mulheres têm a fazer para o meio empresarial? Como a liderança feminina impacta os resultados de um negócio?
Bom, um relatório produzido pela Organização Internacional do Trabalho mostrou que as mulheres contribuem para o sucesso dos negócios em diferentes vertentes. A principal descoberta foi a seguinte: quando uma empresa é comandada por mulheres, ela dá mais lucro.
A pesquisa, feita com empresas de 70 países, revelou que cerca de 75% das companhias que promoveram a diversidade tiveram aumento de lucro de 5% a 20%.
Além disso, ter mais mulheres em postos de liderança também resultou na retenção de talentos e melhora na criatividade e inovação.
A G2D investe em empresas com mulheres no comando
A G2D Investments é uma compania de Venture Capital que acredita em negócios disruptivos, baseados em alta tecnologia. Sendo assim, contamos com vários empreendimentos disruptivos e liderados por mulheres em nosso portfólio.
Um deles é a One Ocean Beauty, uma marca fundada por Marcella Cacci que usa biotecnologia e ingredientes marinhos para criar produtos cosméticos sustentáveis.
Através do nosso código (G2DI33) na Bolsa de Valores, qualquer pessoa pode investir em companias que estão mudando o mundo com mulheres no comando.
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