Entender o que significa take rate é fundamental para qualquer pessoa ou organização que usa a internet para divulgar seu trabalho.
Na creator economy, esse conceito é fundamental e representa uma espécie de imposto: quanto maior, menor é a porção que fica para o criador de uma peça de arte, um aplicativo ou qualquer outro produto físico ou digital divulgado por meio de market places.
Vamos entender a partir de agora o significado de take rate, seu impacto sobre a remuneração de creators e a grande disputa entre Web 2.0 e Web3 quando se trata da mudança nos modelos de remuneração. Acompanhe.
O que é take rate?
Também chamado de taxa de serviço, take rate é a tarifa paga a um marketplace para usar sua estrutura e comercializar produtos ou serviços nela.
O significado de take rate está ligado à ideia de pagar uma comissão para usar esse espaço, um valor que pode ser fixo ou um percentual sobre o volume de vendas.
O valor do take rate pode variar de acordo com a oferta de serviço ou produto e da própria plataforma. Por exemplo, a Amazon cobra take rates diferentes com base no tipo de produto que está sendo vendido, como eletrônicos ou utensílios domésticos.
Plataformas mais conhecidas podem cobrar take rates maiores por conta da exposição, alcance e das possibilidades de entrega oferecidas.
Qual é o take rate dos marketplaces?
Para se ter uma ideia do take rate médio cobrado dos market places, aqui estão alguns exemplos das taxas de grandes companhias. Pensando no Airbnb, por exemplo, se a hospedagem custar R$ 100, R$ 3 ficam com a plataforma. Confira:
- Airbnb: 3%;
- Amazon: US$ 0,99 por unidade + 8% a 20%;
- App Store da Apple: 30%;
- Booking.com: 13%;
- eBay: 10%;
- Enjoei: 20% a 50% + taxa por venda;
- Etsy: US$ 0,20 por unidade + 5%;
- Farfetch: 25% a 33%;
- iFood: mensalidade de R$ 100 a R$ 130 + 12% a 27%;
- Lyft: 20%;
- Mercado Livre: 11%;
- OnlyFans: 20%;
- Rappi: adesão de R$ 40 a R$ 150 + 12% a 25%;
- Spotify: US$ 0,003 a US$ 0,005 por stream;
- Twitch: 50%
- Uber: 20% a 28%;
- Uber Eats: 15% a 30%;
- Walmart: 15%.
Pensando nessa lógica, plataformas como Instagram e Facebook, que usam anúncios como forma de monetização, têm um take rate de 100% ou até superior. Nelas, os usuários postam conteúdo gratuito e quanto mais pessoas eles desejam alcançar, mais precisam pagar para aparecer nas timelines.
Por que a discussão sobre take rate é fundamental para entender a Web3?
Já imaginou como seria pedir delivery sem usar aquele aplicativo? Na internet do futuro, será possível fazer um contrato diretamente com o vendedor para entregar o seu pedido na data e na hora combinada.
O pagamento, em criptomoedas, não vai precisar de nenhum intermediário para ser validado. No fim, o custo pode ficar até menor e aumentar a receita de quem vende.
A Web3 promete mudar a forma como as pessoas fazem negócios na internet. Uma das discussões centrais é a seguinte: hoje, a Web 2.0 (a internet como a conhecemos) está fortemente concentrada nas mãos de Big Techs como Amazon, Apple, Google, Microsoft e Meta (ex-Facebook).
>>> Veja mais: Web3 para creators e a chance de ganhar dinheiro na internet
Como a premissa da Web3 é a descentralização, ela pode criar uma nova ordem em termos de plataformas dominantes. E com isso, a remuneração de pessoas ou organizações que criam produtos e serviços (os creators) também pode mudar.
Basta pensar em tecnologias da Web3 como os smart contracts, contratos inteligentes que não exigem intermediação nenhuma para serem executados. Seria algo como pedir delivery sem ter que usar o aplicativo, por exemplo.
A estrutura para executar esse tipo de demanda ainda não existe em grande escala, mas as tecnologias que permitem criá-la já estão por aqui: NFTs, blockchain e os próprios smart contracts.
Take rate: o imposto de uma nova forma de pensar a economia
Uma plataforma de jogo como o Fortnite, por exemplo, tem a sua própria comunidade de usuários, com moeda própria e possibilidade de comprar e vender itens dentro de seu universo.
Pensando no Fortnite como um sistema econômico, o take rate seria uma espécie de imposto para participar dessa economia. Logo, um take rate de 100% mataria essa economia.
Essa é uma das ideias discutidas por Chris Dixon, general partner da Andreessen Horowitz, a a16z, uma das maiores gestoras de Venture Capital da atualidade e dos maiores fundos que investem no mercado de criptoativos. Confira no vídeo a seguir:
Como investir na Web3 com a G2D
A G2D Investments é uma empresa de Venture Capital presente na B3, a bolsa de valores brasileira. Por meio do papel G2DI33, qualquer pessoa pode investir em empresas privadas de alto crescimento que estão investindo em novas tecnologias, como a própria Web3.
É o caso do Mercado Bitcoin, uma das empresas no portfólio da G2D. Maior exchange de criptomoedas da América Latina, a empresa permite a emissão e negociação de NFTs dos mais diversos criadores, desde tokens de time de futebol até as NFTs de Silvio Santos. Assine a Newsletter da G2D e fique por dentro de todas as novidades.