O inverno cripto é um sinal dos tempos que estão por vir. Mas para a Andreessen Horowitz, conhecida como a16z, as notícias sobre a queda do bitcoin não significam algo ruim. Tanto é que o fundo acaba de anunciar US$ 4,5 bilhões para investir em projetos nesse segmento.
A a16z acaba de liberar o State of Crypto, um relatório que resume o que está acontecendo no mercado de criptomoedas, Web3, NFTs e todas as tecnologias relacionadas.
Com a proposta de ser uma publicação anual, o documento consolida tópicos que mostram por que criptoativos são os investimentos do futuro. Veja mais a seguir.
Quais foram as maiores quedas do bitcoin nos últimos anos?
Junho de 2011
Segundo o Portal do Bitcoin, essa foi a pior queda do bitcoin pois não era possível rastrear o seu preço por meio de plataformas como a CoinMarketCap, por exemplo.
Depois de subir de US$ 2 para US$ 32 na primeira metade do ano, o ativo cedeu para US$ 17,50 quando um ataque hacker na permitiu que ele fosse vendido por apenas um centavo na Mt. Gox, uma das principais exchanges de criptomoedas da época. Foi assim que o bitcoin caiu 99% em um dia.
Dezembro de 2013
O preço da criptomoeda atingiu o maior patamar de sua história até aquele momento, saindo de US$ 2oo em novembro para US$ 1.151 no dia 3 de dezembro. No dia 17 de dezembro, porém, seu valor caiu pela metade após o banimento da China.
Dezembro de 2017
O preço da criptomoeda subiu 20 vezes ao longo do ano, atingindo o pico de US$ 19.497 no dia 15 de dezembro. Foi nessa época que os jornais começaram a noticiar o topo histórico da criptomoeda e muitas pessoas passaram a conhecê-la.
No ano seguinte, porém, o bitcoin passou a maior parte dos meses sendo negociado entre US$ 6 mil e US$ 10 mil, atingindo a mínima de US$ 3.300 em dezembro de 2018. Até então, o inverno cripto nunca havia sido tão longo.
Março de 2020
A pandemia também derrubou os preços das criptomoedas, fazendo o bitcoin passar de US$ 7.911 para US$ 4.970 (-37%) no fatídico 10 de março: um dia antes de a OMS declarar pandemia.
No entanto, com empresas como a Tesla passando a usar criptomoedas em seu balanço, a cotação do bitcoin atingiu os US$ 60 mil um ano depois.
Maio de 2021
Depois de se recuperar da pandemia e ver aumentar o número de criptoativos no mercado (incluindo as meme coins), o bitcoin teve um novo resfriado. No dia 22 de maio, era negociado a US$ 34.770, um tombo de 45% em relação aos US$ 63.314 do dia 14 de abril.
No mesmo período, o valor total do mercado de criptomoedas caiu de US$ 2,39 trilhões para US$ 1,58 trilhão.
Maio de 2022
Uma nova sequência de quedas do bitcoin e de outras criptomoedas caracteriza a fase mais recente do inverno cripto. Nos primeiros seis meses do ano, a queda acumulada ultrapassa os 50% na cotação em dólar, que foi de US$ 47.733 em janeiro para a mínima de US$ 22.153 em junho – até agora.
A 5ª onda das criptomoedas vem aí?
A queda do bitcoin em 2022 já chega perto dos 40% na cotação em dólares até o fim de maio (em reais, já passou dos 45%). No entanto, isso não é uma notícia ruim para a a16z.
Em um relatório de 56 páginas, o fundo analisa diversos segmentos do mercado de criptomoedas e conclui que mesmo diante do recuo nos preços, uma revolução silenciosa provavelmente está acontecendo.
“Estamos iniciando o terceiro era da internet — o que muitos chamada web3 — que combina o ethos descentralizado e governado pela comunidade da primeira era com o avançado, moderno funcionalidade da segunda era. Isso irá desbloquear uma nova onda de criatividade e empreendedorismo”, diz a Andreessen Horowitz na abertura de seu relatório.
A adoção das criptomoedas passou até agora por quatro grandes ciclos:
- primeiro ciclo: 2009 a 2013;
- segundo ciclo: 2013 a meados de 2016;
- terceiro ciclo: 2017 a 202o;
- quarto ciclo: 2021 em diante.
O que caracteriza o início e o fim de cada um delas é o seguinte comportamento:
- o preço dos criptoativos sobe;
- as redes sociais mostram um aumento de interesse por essa classe de ativos;
- mais pessoas passam a conhecer esse segmento, contribuindo com novas ideias;
- isso leva à criação de novos projetos e startups;
- novos produtos são lançados, inspirando mais pessoas e conduzindo ao próximo ciclo de adoção.
“Esses ciclos parecem caóticos, mas trazem uma ordem implícita”, diz o relatório. “O resultado é crescimento consistente a longo prazo, conduzido por um loop de feedback entre interesse e inovação.”
Sobre o momento que estamos vivendo hoje, o fundo diz que se trata ainda da quarta onda das criptomoedas. Mesmo em um inverno cripto, em que outros ativos desse mercado estão em queda assim como o bitcoin, a a16z acredita que projetos que hoje estão sendo desenvolvidos podem despontar no futuro, levando ao próximo ciclo de inovação.
Não por acaso, dias depois da publicação desse relatório, a a16z anunciou um novo fundo de US$ 4,5 bilhões para investir em criptoativos, o Crypto Fund 4, agora o maior do mercado.
O valor é o dobro do fundo 3 (US$ 2,2 bilhões), lançado em junho de 2021 e eleva o total da empresa dedicado a cripto e blockchain para mais de US$ 7,6 bilhões.
Dos novos recursos para investir na economia cripto, pelo menos um terço será destinado a startups early-stage.
Quando perguntada se o esfriamento do mercado afastará as empresas tradicionais de continuar suas apostas em criptomoedas, Arianna Simpson, da a16z, disse ao TechCrunch que “é provável que outras empresas recuem”, mas que “o tamanho do nosso novo fundo fala com o nível de entusiasmo e crença que temos nesta categoria”.
Como investir em bitcoin além do universo das criptomoedas
Ainda que as criptomoedas estejam vivendo um ciclo de baixa, investir em projetos nesse segmento é uma forma de antecipar o futuro.
Nesse sentido, a G2D Investments é uma maneira de ter acesso a empresas privadas que estão fazendo a revolução cripto acontecer, como o Mercado Bitcoin.
Por meio do papel da G2D na B3, o G2DI33, qualquer pessoa pode investir no Mercado Bitcoin e em um portfólio diversificado de companhias no Brasil, nos Estados Unidos e na Europa. Conheça mais sobre o nosso trabalho.