O real digital deve ser lançado em 2023 e promete mudar a maneira de fazer transações financeiras no Brasil. O principal impacto será sobre as operações de câmbio, que passam a não depender mais da intermediação de bancos.
O projeto conta com a participação de nove instituições financeiras, incluindo o Mercado Bitcoin, empresa que faz parte do portfólio da G2D Investments.
Entenda mais detalhes sobre o projeto e veja as principais dúvidas sobre o que muda com o lançamento do real digital.
O que é o real digital? É uma criptomoeda?
O real digital é uma moeda digital emitida por banco central ou CBDC na sigla em inglês: Central Bank Digital Currency.
Portanto, o real digital não é classificado como criptomoeda, uma vez que a sua emissão é controlada por um banco central.
Funciona de maneira oposta ao bitcoin, ethereum e outros ativos do mundo cripto, por exemplo, cuja principal característica é a emissão descentralizada.
Segundo o BIS, o Banco de Compensações Internacionais, 80% das economias no mundo estão pesquisando ou já têm a sua moeda digital emitida por banco central.
Alguns países que já têm ou estão desenvolvendo as suas moedas de banco central são:
- Bahamas;
- Canadá;
- China;
- Índia;
- Jamaica
- Japão;
- México;
- Nigéria;
- Reino Unido;
- Rússia;
- Suécia;
- União Monetária do Caribe Oriental.
O Federal Reserve (Fed, o BC dos Estados Unidos) ainda não tomou uma decisão final sobre o tema. Em junho de 2022, o seu presidente, Jerome Powell, disse que uma CDBC americana poderia manter o dólar como moeda internacional padrão.
O papel do Mercado Bitcoin no lançamento do real digital
O Mercado Bitcoin foi uma das nova empresas selecionadas para participar do desenvolvimento do projeto do real digital. Cada companhia terá a chance de criar soluções específicas para os tipos de transações e validação de operações com a moeda.
O projeto do real digital é coordenado pelo BC brasileiro e pela Fenasbac, federação de servidores da instituição. Além disso, conta com parceiros como Microsoft, IBM, AWS, entre outras organizações.
Em formato de desafio, ele é capitaneado pelo LIFT, um projeto do BC brasileiro que funciona como um laboratório de inovação.
No caso do Mercado Bitcoin, a solução proposta pela companhia está ligada a um projeto de DvP (Delivery versus Payment), sistema que vai garantir que um ativo seja transferido somente depois da validação do pagamento.
Para cumprir o desafio, o Mercado Bitcoin fez uma parceria com a Stellar Development Foundation (SDF), responsável pela criptomoeda Stellar.
“Estamos em um consórcio de empresas que tem estrutura e ambição para construir soluções robustas para o mercado financeiro por meio da tecnologia blockchain. A utilização da rede Stellar nos permitirá entregar um case completo para avaliação do Banco Central”, disse Reinaldo Rabelo, CEO do Mercado Bitcoin.
Denelle Dixon, CEO da Stellar, foi ainda mais categórica e afirmou que a iniciativa do BC brasileiro a melhor possível para preservar o papel dos bancos no sistema financeiro e, ao mesmo tempo, garantir a digitalização do dinheiro utilizando tecnologia blockchain.
As principais dúvidas sobre o real digital no Brasil
O real digital é uma criptomoeda?
O real digital não é uma criptomoeda. Trata-se de uma moeda digital de banco central. Na sigla em inglês, é uma CBDC ou Central Bank Digital Currency.
Diferente do bitcoin e outros criptoativos, cuja emissão é descentralizada, o real digital será controlado pelo BC brasileiro e terá o mesmo valor da moeda convencional.
Como vai funcionar o real digital?
O real digital será um tipo de moeda disponível para fazer qualquer transação financeira no Brasil: pagamentos, compras, transferências e investimentos.
A versão inicial da moeda digital será uma opção adicional ao uso de cédulas convencionais, e poderá ser convertida para qualquer outra forma de pagamento hoje disponível – como depósito bancário convencional ou em real físico.
Quando vai ser lançado o Real Digital?
A previsão do BC brasileiro é que o real digital seja lançado em 2023. A moeda será emitida pelo BC e distribuída por meio de bancos e demais instituições que participam do Sistema Financeiro Nacional.
Como adquirir o real digital?
Para fazer transações com o real digital, é necessário obter códigos gerados pelo BC brasileiro indicando os valores das operações.
Esses códigos são gerados e armazenados em uma carteira digital (wallet), tal como acontece com as criptomoedas. As carteiras e códigos serão gerados por agentes autorizados pelo BC, como bancos e financeiras.
Qual é a vantagem do real digital?
Para o BC, as vantagens destacadas são a redução na emissão de papel moeda, a inibição de casos de lavagem de dinheiro e o estímulo à concorrência e à inovação no setor financeiro.
Além disso, o real digital deve facilitar especialmente as transações de câmbio, uma vez que não será mais necessário converter os valores por meio de bancos. Assim, uma vantagem é poder fazer transações em real mais baratas a partir de qualquer lugar do mundo.
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(Com informações da Agência Senado e do Portal do Bitcoin)