O Corporate Venture Capital é uma forma de as empresas buscarem a inovação em seu dia a dia. Sua evolução fez surgir uma indústria vibrante e diversificada, fundamental para o desenvolvimento econômico em todo o mundo.
Geralmente, são as grandes companhias que praticam o Corporate Venture Capital. Elas podem ter departamentos focados em novos negócios ou podem ter subsidiárias constituídas com essa finalidade, caso de firmas globais como o Google.
Mas existe uma diferença entre o Venture Capital tradicional e o Corporate Venture Capital. Fique conosco, pois vamos entender melhor a partir de agora.
O que é Corporate Venture Capital?
Corporate Venture Capital ou CVC é uma modalide de investimento em capital de risco praticada por empresas. É quando uma companhia (ou seu braço financeiro) investe em outros negócios privados com alto potencial de crescimento.
O objetivo vai além de lucrar com a valorização desses ativos. Pode ter relação com novas tecnologias que organização deseja absorver ou desenvolver. Também pode estar relacionado com a criação de novos departamentos dentro da companhia.
O Corporate Venture Capital pode ser praticado tanto dentro quanto fora da empresa. É possível:
- aproximar-se de startups e empresas menores;
- promover o empreendedorismo dentro da própria companhia.
A empresa que pratica o CVC pode fornecer recursos para suas investidas, consultoria em marketing, negócios e tecnologia e direcionamento estratégico.
No Brasil, segundo um levantamento de agosto de 2021 da Innovation Latam e da BR Angels Smart Network, as grandes empresas brasileiras têm o desejo de se aproximar de startups, principalmente de fintechs, healthtechs e empresas de SaaS (Software As a Service). A principal dificuldade, porém, é a falta de recursos para investir.
Tipos de Corporate Venture Capital
Fusões e aquisições (M&A)
As fusões e aquisições (Mergers and Acquisitions, a famosa sigla M&A) são as formas mais comum de exercer o Corporate Venture Capital.
Podem ter vários formatos dependendo do acordo societário, mas geralmente trata-se de uma empresa maior comprando uma menor. Quando isso acontece, a compradora passa a ser dona da tecnologia, do time, dos bens e toda a estrutura física de sua adquirida.
A partir daí, é possível que a empresa comprada seja totalmente absorvida, deixando de ter uma marca própria. Mas também há casos em que as operações permancem separadas e indepentes.
A compra da corretora Easynvest pelo Nubank em 2020 é um exemplo de absorção total, uma vez que a marca Easynvest deixou de existir. Já no caso da compra do Guiabolso pelo PicPay em 2021, os negócios seguiram separados.
Acquihirng
É a junção das palavras em inglês para aquisição e contratação. É quando uma empresa compra a outra para absorver o conhecimento (know-how) do time de colaboradores. Acontece com mais frequência no mercado de tecnologia e desenvolvimento de software.
Joint Venture
É uma parceria comercial para criar um produto ou solução específica. Pode ter um prazo determinado, dependendo da estratégia.
Geralmente acontece quando empresas de tamanhos similares executam projetos em conjunto. A Shell e a Gerdau, por exemplo, anunciaram em 2022 um projeto para a criação de um parque solar em Minas Gerais. Também no início de 2022, a Volkswagen e a Bosch se uniram para desenvolver motores elétricos.
Qual é a diferença entre Venture Capital e Corporate Venture Capital?
Corporate Venture Capital é bem diferente de Venture Capital. Ele está mais associado a métricas estratégicas do que somente ao retorno financeiro.
No Venture Capital tradicional, uma gestora constitui fundos com mandatos específico: investir em empresas de tecnologia no segmento de saúde; investir em empresas de bens de consumo posicionadas em grandes mercados e assim por diante.
Os General Partners ou GPs são responsáveis por levantar o dinheiro para esses fundos e escolher as empresas que vão receber os recursos. Quem investe dinheiro nesses fundos é chamado de Limited Partner ou LP.
O capital dos LPs fica comprometido por cerca de 10 anos em um investimento. O lucro acontece quando uma participação em um negócio é vendida ou quando o fundo precisa liquidar sua posição no vencimento do mandato.
Já no CVC, o desempenho do CVC geralmente é avaliado em métricas estratégicas para o negócio.
Grandes empresas fazem Corporate Venture Capital
Geralmente são as grandes empresas que usam o CVC como ferramenta de inovação disruptiva. O objetivo de longo prazo dessas companhias é permanecerem relevantes em um mundo que muda cada vez mais rápido. Alguns exemplos de iniciativas de empresas que praticam o Corporate Venture Capital são:
- Google Ventures;
- Intel Capital, da fabricante de processadores Intel;
- Salesforce;
- Cubo, do Itaú;
- InovaBra, do Bradesco.
A G2D faz Corporate Venture Capital?
A G2D Investments é uma empresa de Venture Capital listada na bolsa de valores brasileira com o código G2DI33. Investimos em empresas disruptivas, de alto crescimento e que têm no seu DNA a missão de mudar o mundo.
Não fazemos o Venture Capital tradicional, pois não temos fundos com mandato específico para investir em startups. Os nossos aportes são feitos com recursos próprios e, por isso, temos mais liberdade para escolher as empresas do nosso portólio.
Entramos em negócios em fase de estruturação para abertura de capital, a fase pré-IPO. Portanto, participamos da trajetória de companhias em uma fase mais avançada, depois que elas já receberam investimentos na fase early stage.
Agora que você já esclareceu o conceito de Corporate Venture Capital, que tal entender mais sobre esse universo? Inscreva-se na nossa newsletter e receba as novidades direto em seu e-mail!