A indústria de biotecnologia promete tornar-se gigante nos próximos anos. Nesse mercado, a grande estrela é a biologia sintética. Trata-se de um campo de estudos recente, de cerca de 20 anos, mas que já traz avanços importantes para diversos setores da economia.
O tamanho global desse mercado foi estimado em US$ 1,023 bilhão em 2021 e deve crescer 13,9% anualmente até 2030, segundo a Grand View Research, empresa norte-americana de pesquisas. Siga a leitura para entender como as descobertas nessa área já estão mudando o rumo do mundo dos negócios.
Entenda o que é biologia sintética
Então, o que é biologia sintética? Ela corresponde à aplicação dos princípios de engenharia à biologia. Tido como fruto do avanço da biotecnologia, esse setor pode envolver o melhoramento de alimentos, por exemplo.
Entenda a definição do termo por partes: a biologia é uma área da ciência dedicada ao estudo dos seres vivos. Basicamente, o profissional da biologia estuda a vida nos mais variados aspectos. Já a engenharia é a aplicação de métodos para utilização dos recursos da natureza em prol do ser humano.
Sendo assim, a biologia sintética pode envolver a fabricação de uma determinada substância que não é produzida naturalmente, ou seja, não é encontrada na natureza. Na biologia, a própria palavra “sintética” refere-se àquilo que é produzido de forma artificial.
As pesquisas nessa área são desenvolvidas desde o começo dos anos 2000. Ao mesmo tempo que a fertilização in vitro foi considerada um avanço da biologia, a biologia sintética também é tida como um progresso recente desse campo de pesquisas científicas.
Para que a biologia sintética serve?
Em geral, a biologia sintética serve ao propósito de criar sistemas vivos a partir de materiais não vivos. Na prática, isso significa reescrever o DNA de organismos vivos para fabricar algo que não é encontrado na natureza, bem como transformar microrganismos naturais em sintéticos.
No entanto, a união entre engenharia e biologia é vista de diferentes formas de acordo com determinados grupos. Para os cientistas, esse campo de pesquisas tem como finalidade ser uma nova forma de estudar e entender os seres vivos.
Por outro lado, existem grupos que focam no potencial social e comercial desse segmento da biologia. As pesquisas nessa área ajudariam a impulsionar o setor de energia, medicina e agricultura, por exemplo.
Também existem experiências com objetivos mais ambiciosos, como as tentativas de produzir seres vivos do zero, isto é, criar vida a partir de materiais não vivos. Você sabe qual é o maior objetivo da biologia sintética? Desenhar seres vivos que atendam às mais variadas demandas do homem.
Exemplos de aplicação da biologia sintética
Alimentação, farmácia e energia são alguns setores importantes onde a biologia sintética pode ser aplicada. Ela é usada para otimizar a genética dos organismos vivos e produzir mais alimentos, fármacos e fontes de energia. São muitas as possibilidades de aplicação dessas pesquisas. Veja alguns exemplos.
- Medicina
Na saúde, essa área da ciência pode ser aplicada com o objetivo de produzir medicamentos, vacinas e agentes de diagnóstico, por exemplo. Encontrar novas drogas é uma batalha crucial para combater futuras pandemias ou tratar doenças que, hoje, não têm cura.
- Meio ambiente
Em relação ao meio ambiente, esse setor ajuda a detectar contaminantes e até removê-los do ambiente. Existem microrganismos que podem ser aproveitados para retirar e limpar poluentes da água, do solo e do ar, por exemplo.
- Agricultura
Novos aditivos alimentares podem ser criados a partir dessa prática, como arroz modificado para produzir betacaroteno, um nutriente que previne a deficiência de vitamina A, um problema que pode causar cegueira e doenças infecciosas.
A atuação da NotCo
A NotCo é uma foodtech chilena que integra o portfólio de investimentos da G2D. A empresa utiliza inteligência artificial (IA) para recriar alimentos semelhantes aos de origem animal, apenas com ingredientes vegetais, como creme de leite e carne.
Uma parcela importante do sucesso da NotCo, tida como “a Apple dos alimentos”, é contar com diversos cientistas, da engenharia à ciência de alimentos. Para criar produtos à base de plantas com gosto, cheiro e textura de produtos de origem animal, a empresa usa IA para buscar moléculas que imitam essas características.
Fique por dentro das novidades sobre esse mercado
Empresas como a NotCo e demais companhias que atuam com biologia sintética fazem parte da nova economia, uma tendência no mundo dos negócios, em que o foco é usar a tecnologia para inovar em produtos e serviços.
A renomada firma americana de Venture Capital, Andreessen & Horowitz, já afirmou que a “biologia vai engolir o mundo”. Outros especialistas sinalizam que os negócios biotech são uma “corrida ao ouro”, tamanha a capacidade do setor em transformar a vida das pessoas.
Nesse modelo, a tecnologia é usada intensamente para criar novos produtos e serviços. Como resultado, surgem negócios inovadores, escaláveis e de impacto ecológico positivo, como a NotCO e outras companhias do portfólio da G2D.
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