O mercado de recicláveis deve ganhar cada vez mais relevância no futuro. Segundo a empresa alemã de dados de mercado Statista, espera-se que, globalmente, o setor de serviços de reciclagem de resíduos atinja um valor de US$ 90 bilhões, registrando um crescimento anual de 4,8% entre 2021 e 2030.
Tal expansão acompanha a tendência de investimentos em iniciativas sustentáveis, com foco na preservação do meio ambiente, por parte de pessoas físicas ou jurídicas. Então, quais são as oportunidades na área? Como esse mercado funciona? Leia este artigo para entender e ficar por dentro dos números desse segmento.
O que é o mercado de recicláveis?
O mercado da reciclagem resume-se ao aproveitamento dos resíduos sólidos, líquidos, gasosos e materiais descartáveis produzidos pela humanidade. Por meio do descarte, da coleta, da triagem e da valorização desses resíduos, é possível transformar o que seria descartado na natureza, poluindo a água, o ar e o solo, em matéria-prima.
Diferentemente da reutilização, em que um item é repensado para ter uma nova função, a reciclagem reprocessa totalmente o produto. No mercado de reciclagem de plástico, por exemplo, uma garrafa PET pode ser transformada em matéria-prima para a criação de novos artigos, como vassouras e carpetes.
Sendo assim, esse mercado gira em torno da transformação de resíduos em material reciclado. Após o processo, cada tipo de material ganha um valor, abrindo portas para o surgimento de negócios focados em reciclagem, especialmente aqueles voltados em oferecer ideias inovadoras para o setor.
Hoje, existem startups que oferecem soluções para o problema de resíduos sólidos. Esses negócios focam em iniciativas de economia circular, que priorizam os processos de fabricação com matéria-prima reciclada, ou tecnologia de logística reversa inteligente, com objetivo de reaproveitar os resíduos após o consumo.
O cenário do mercado brasileiro de reciclagem
Com a reciclagem do alumínio, o Brasil ganhou influência histórica no mercado de recicláveis. O país chega a reciclar 99% das famosas latinhas, como as de cerveja e refrigerante, tornando-se recordista mundial. Isso reduz o consumo de energia e água, além de diminuir as emissões de gases de efeito estufa.
Um fator que contribui para esses índices positivos se deve à adaptação da cadeia de produção, já experiente em receber latinhas, transformá-las em alumínio e usá-las para criar novos produtos. Cada nova lata feita a partir da coleta de resíduos sólidos chega a conter 77% de materiais recicláveis, por exemplo.
Acesso à reciclagem
No entanto, o acesso aos serviços de reciclagem tem dificuldades de crescimento no Brasil. A pouca conscientização ambiental e a falta de fiscalização levam às taxas baixas de reaproveitamento. Como resultado, apenas 41,4% da população brasileira é contemplada pela coleta seletiva, responsável por recolher lixo reciclável dos domicílios.
Reduzir o lixo e produzir mais recicláveis é um desafio. O brasileiro gera 1,7 kg de resíduo por dia, em média. Alguns países que apresentam um grau de desenvolvimento semelhante na economia, como África do Sul, Argentina, Chile e Turquia, possuem média de 16% em reciclagem, segundo informações da International Solid Waste Association (ISWA).
Em 2020, o Brasil acumulou 82,5 milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos, segundo levantamento realizado pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais.
Como investir em sustentabilidade no Brasil e no mundo
A reciclagem ajuda a diminuir os lixões a céu aberto, assim como reduz as emissões de gases de efeito estufa. Diante do potencial do mercado de recicláveis, o universo dos investimentos acompanha o surgimento de diversos negócios inovadores de impacto socioambiental, no Brasil ou no exterior.
Entre eles, está a Who Gives A Crap, uma marca disruptiva do portfólio de investimentos da G2D Investments. A empresa australiana faz parte do mercado de recicláveis. Ela fabrica papel higiênico 100% reciclado, doando 50% dos lucros para construir banheiros e dar acesso à água limpa em países em desenvolvimento.
A Who Gives A Crap é uma empresa B-Corp, designação dada às organizações que atendem a altos padrões de sustentabilidade. Ela mostra que é possível usar recicláveis para criar soluções que diminuam o impacto humano na terra, ao mesmo tempo que influencia positivamente o desenvolvimento dos países.
Outro exemplo disso é a climatech Moss Earth. Investida do portfólio da G2D, ela atua na validação de créditos de carbono, ativos relativos à redução de CO2 no planeta. A Moss compra crédito de carbono de projetos ambientais da Amazônia e os vende para pessoas físicas ou empresas usando tecnologia blockchain.
Invista em ESG com ajuda da G2D
Com o aumento da preocupação com a crise climática, a reciclagem e outras práticas ligadas a preservação da natureza ganham popularidade. Esse universo é denominado ESG — sigla em inglês para Environmental, Social e Governance.
Sabe o que a Who Gives A Crap e a Moss têm em comum? Ambas são tipos de investimentos ESG ligados a projetos que buscam preservar o meio ambiente, melhorar a qualidade de vida da sociedade e as práticas de governança corporativa.
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