Já pensou em investir na bolsa de valores e ter uma carteira diversificada com uma só aplicação? É isso o que um ETF oferece. Esse tipo de investimento é bastante versátil e permite consolidar várias aplicações em uma só.
Existem opções mais generalistas, que permitem investir nos índices de ações mais famosos. Há também aquelas focadas em setores específicos, como tecnologia, consumo, setor financeiro e até ativos alternativos, como o canabidiol (CBD). Vamos conhecer mais detalhes sobre elas ao longo deste conteúdo.
A partir de agora, você vai entender o que é ETF e como usar essa poderosa ferramenta para otimizar a sua carteira de investimentos. Vamos começar?
ETF: o que é? Como funciona?
ETF é a sigla em inglês para Exchange Traded Fund. Significa fundo negociado em bolsa ou fundo de índice. Ele tem esse nome justamente porque permite investir em todos os ativos de um determinado índice com uma só aplicação.
Dessa forma, um ETF é uma carteira diversificada de ativos que pode ser acessada por quem investe na bolsa de valores.
Vamos tomar o exemplo do Índice Bovespa, o principal indicador do mercado de ações no Brasil. O Ibovespa é formado por cerca de 40 empresas de diversos setores, cujas ações são as mais negociadas da B3, a bolsa de valores brasileira.
Por meio de um ETF de Ibovespa, você não precisa investir em cada ação do índice de maneira separada. Basta investir em BOVA11, PIBB11 ou qualquer outro ETF que replique esse índice para otimizar a sua carteira de investimentos.
Para você ter uma ideia, existem vários ETFs no Brasil que replicam a carteira do Ibovespa. Eles são:
- BOVA11: da gestora BlackRock, é o principal ETF de Ibovespa do mercado brasileiro. A taxa de administração é 0,30% ao ano;
- BBOV11: do Banco do Brasil, tem taxa de administração de 0,18% ao ano;
- BOVB11: do Bradesco, tem taxa de administração de 0,20% ao ano;
- BOVV11: do Itaú, tem taxa de administração de 0,30% ao ano;
- XBOV11: da Caixa Econômica Federal, tem taxa de administração de 0,50% ao ano;
- SAET11: do Banco Safra, tem taxa de administração de 0,25% ao ano.
Como investir em ETFs?
Para investir em um ETF, primeiro você precisa ter uma conta em uma corretora que tenha home broker. Essa é uma plataforma digital de negociação que se conecta com a bolsa de valores e permite fazer operações de compra e venda de investimentos de renda variável.
Depois, é o momento de identificar os ETFs em que você deseja investir. Escolha os mais adequados para a sua estratégia de investimento e descubra o ticker (código de negociação) desses ativos.
O ticker de um ETF é formado por uma combinação de quatro letras e um ou dois números. Veja o exemplo do BOVA11 a seguir:
BOVA11
As quatro letras identificam o nome do ativo
Os dois números indicam o tipo de aplicação
Assim sendo:
- final 3: ações ordinárias (ON, com direito a voto);
- final 4: ações preferenciais (PN, sem direito a voto, com prioridade no recebimento de proventos);
- final 11: fundos imobiliários (FIIs), ETFs e units (combos de ações);
- final 33: BDRs, recibos de ações de empresas com sede no exterior.
Em seguida, basta acessar o home broker da sua corretora, digitar o código do ETF de seu interesse e selecionar a quantidade que você deseja negociar. Dando a ordem de compra, os ativos entram em sua carteira.
Quanto custa investir em ETF?
Todo ETF tem uma taxa de administração que é cobrada em percentual (%) ao ano sobre o valor total aplicado. Essa taxa é descontada automaticamente do investimento e costuma ficar entre 0,20% e 0,50% ao ano.
Para você ter uma ideia, essa cobrança costuma ser pelo menos de três a seis vezes menor do que a média dos fundos multimercado no Brasil, considerando a fórmula 2 com 20 (2% de administração com 20% de taxa de performance).
Principais tipos de ETFs
Existem diversas categorias de ETFs no mercado, que podem ser combinadas de acordo com os seus objetivos de investimento. Para se ter uma ideia, as instituições conseguem até customizar os seus próprios ETFs. Basta ter um índice de investimentos para replicar.
Em geral, as principais categorias são:
- ETFs de ações: os mais comuns. Investem em todas as ações que compõem um índice;
- ETFs setoriais: voltados para um determinado setor do mercado ou indústria. É o caso dos ETFs de índices financeiros, industriais, de tecnologia, empresas de consumo e assim por diante;
- ETFs internacionais: incluem empresas e índices de outros países internacionais, ajudando a investir no exterior de forma diversificada, eficiente e com custo mais baixo. O IVVB11, por exemplo, é um ETF que replica o desempenho do S&P500, o principal índice de ações dos Estados Unidos;
- ETFs de commodities: são cestas de investimentos em ativos como petróleo, itens alimentícios (soja, milho, boi gordo), metais (aço, cobre, níquel, ouro), e assim por diante;
- ETFs de ativos alternativos: investem em aplicações fora dos mercados tradicionais de renda fixa e renda variável. Um exemplo são os ETFs relacionados ao canabidiol (CBD);
- ETFs de Bonds: baseados em títulos de dívida. Podem oferecer pagamentos regulares de proventos;
- ETFs de renda fixa: investem em índices que reúnem aplicações de renda fixa;
- ETFs de moedas: investem em moedas estrangeiras ou digitais, como o HASH11, um ETF de bitcoin e outras criptomoedas;
- ETFs de causas: a tendência é que eles se tornem cada vez mais comuns com a demanda por investimentos ESG. Esses fundos buscam refletir o desempenho de índices de governança, sustentabilidade, empresas lideradas por mulheres e outros relacionados ao tema.
Agora que você entende melhor o que é ETF, consegue ampliar suas opções para diversificar investimentos. Mas que tal conhecer uma forma de investir em empresas de consumo e tecnologia que não estão na bolsa de valores? Conheça a G2D Investments e veja como podemos te ajudar a investir melhor!