O termo “capitalismo consciente” surge em um contexto de crescente desigualdade social e percepção mais clara da crise ambiental que já estamos enfrentando. Com pilares bem estabelecidos e mudanças de paradigmas, os adeptos desse modelo querem agir para construir um futuro melhor.
A ideia central do movimento reconhece o capitalismo como um sistema capaz de gerar transformações sociais positivas, se feito de maneira consciente podendo inclusive, produzir maiores ganhos para as empresas ao mesmo tempo.
Em um contexto de crises sociais e ambientais, qual é o papel das empresas nesse cenário? Como os empreendedores podem tornar o mundo melhor? Essas são as perguntas que o capitalismo consciente pretende responder.
A origem do capitalismo consciente
A principal diferença entre o capitalismo industrial e o chamado “consciente” diz respeito à finalidade das empresas. Enquanto, no primeiro, o papel delas é somente gerar lucro, no segundo, a ideia é que as companhias participem ativamente para também, melhorar o mundo à nossa volta.
A ideia começou a ganhar força com a publicação do livro Capitalismo consciente: como libertar o espírito heroico dos negócios, em 2003. Os autores, John Mackey e Raj Sisodia, são considerados os pais desse movimento que tenta responder o que é capitalismo consciente.
No livro, os pesquisadores traçam quatro pilares fundamentais encontrados nas empresas estudadas — entre elas, Google, Whole Foods Market e Starbucks. A ideia principal é que essas companhias atuem para criar valor não só para si, mas para clientes, funcionários, comunidades e meio ambiente.
Os quatro pilares do capitalismo consciente
Mackey e Sisodia estabelecem quatro pilares fundamentais para o capitalismo consciente: propósito maior, integração com stakeholders, que são todos aqueles que compõem a empresa, liderança consciente e cultura consciente. Todos devem estar interligados para que o modelo funcione.
Os pilares de propósito maior e integração com stakeholders dizem respeito ao comportamento da empresa perante a sociedade. O capitalismo consciente entende que as companhias devem ter uma motivação maior que apenas o lucro, buscando ter um alinhamento de valores com seus stakeholders durante o processo.
Já os pilares de liderança consciente e cultura consciente visam mais a parte interna da empresa. Apenas com uma liderança consciente, capaz de criar e nutrir uma cultura colaborativa é que, através de uma maior integração entre os funcionários e seus clientes, uma empresa é capaz de entregar mais valor para a sociedade.
Os autores destacam que as empresas que aderem ao movimento do capitalismo consciente só têm a ganhar. Nos negócios estudados, Mackey e Sisodia relatam mais harmonia entre empregadores e funcionários, maior satisfação dos clientes, maior envolvimento da comunidade e, por consequência, maiores lucros.
ESG e capitalismo consciente
A sigla ESG (meio ambiente, social e governança, na sigla em inglês) por vezes é confundida com o capitalismo consciente. De fato, os dois movimentos têm semelhanças e visam melhorar o papel das empresas no capitalismo.
O ESG busca quantificar essas características mais intangíveis, já que usa métricas melhor definidas para tentar aferir se determinada empresa está utilizando os preceitos do capitalismo consciente.
Nos mercados globais, o uso do fator ESG tem ganhado cada vez mais destaque entre os investidores. Isso acontece porque as empresas que englobam os princípios de melhores práticas ambientais, sociais e de governança costumam ter melhores desempenhos a longo prazo.
No centro dos dois movimentos, está a mudança de pensamento sobre o que é capitalismo atualmente e qual é o papel das empresas no futuro que estamos construindo.
A tecnologia aliada da mudança
O investimento em empresas disruptivas, que usam a tecnologia para impactar positivamente a sociedade, faz parte do capitalismo consciente. A G2D investe em negócios que contribuem para uma transformação social, assim como deixamos claro em nosso manifesto.
Além disso, essas empresas podem apresentar crescimentos robustos e sustentáveis, já que, além de possuírem modelos de negócios inovadores, disruptivos e em mercados em franca expansão, se apoiam em práticas que permitem um futuro melhor.
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O movimento do capitalismo consciente ainda enfrenta muitas barreiras para ser adotado de maneira sistêmica. Porém, aliando ideias inovadoras, tecnologia e novas formas de se comunicar com a sociedade, é possível construir um sistema capaz de gerar transformações positivas.
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